Polícia Civil investiga imobiliária por suposta fraude e falta de repasse de aluguéis em Paulínia

A Polícia Civil de Paulínia (SP) está investigando a imobiliária Swift por suspeita de estelionato e falsificação de documentos. Entre as denúncias, uma das vítimas afirma que teve sua assinatura falsificada em um contrato, resultando em um prejuízo de R$ 7 mil. Além disso, a empresa é alvo de pelo menos 11 processos na Justiça. A proprietária nega que tenha aplicado golpes e alega que a imobiliária faliu.

Contrato falsificado e prejuízo de R$ 7 mil

A assistente de eventos Thaís Fernandes relata que firmou contrato com a imobiliária no início de 2024 para a locação de um apartamento em Paulínia. No entanto, segundo ela, desde outubro de 2024 a empresa deixou de repassar os valores do aluguel, acumulando um prejuízo de R$ 7 mil.

A situação se agravou em 2025, quando Thaís parou de receber qualquer retorno da imobiliária. Diante do impasse, ela buscou a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), mas a imobiliária não compareceu à audiência de conciliação.

Sem resposta da empresa, Thaís foi aconselhada a entrar em contato diretamente com o inquilino para acertar os pagamentos. No entanto, ao chegar ao apartamento, descobriu que o imóvel havia sido alugado para outra pessoa.

“Cheguei lá e tinha uma menina. Ela tinha um documento feito pela Swift, um contrato com o meu nome e meu CPF, com uma assinatura falsificada. Essa menina me apresentou todos os recibos de pagamentos dela que validam que ela estava pagando para a imobiliária e não havia atraso, como às vezes a imobiliária alegava”, contou Thaís.

Clientes recorrem à Justiça

Outra cliente da imobiliária, que preferiu não se identificar, relatou que descobriu que os valores pagos à empresa não estavam sendo repassados ao proprietário do imóvel. Diante disso, passou a fazer os depósitos em juízo.

“A imobiliária sumiu, nunca mais falou comigo. Nem perguntou se eu estou fazendo os pagamentos para a proprietária ou não. Aí eu entrei em contato com meu advogado para saber para quem iria pagar, e estou pagando em juízo. Quem vai determinar para quem vai o pagamento é o juiz, não eu”, afirmou.

A imobiliária Swift funcionava em uma sala comercial no Jardim Vista Alegre, em Paulínia, mas atualmente o local abriga um salão de beleza.

Especialista orienta clientes afetados

O advogado Cássio Ribeiro Júnior recomenda que os clientes busquem a Justiça caso não consigam resolver o problema diretamente com a imobiliária.

“As pessoas podem, do ponto de vista cível, buscar sempre um advogado de confiança e especialista no assunto, mas também podem recorrer à defensoria pública”, explica.

Outra opção é acionar o Juizado Especial Cível, conhecido como “pequenas causas”, onde é possível ingressar com uma ação mesmo sem advogado.

“Eles também podem ingressar sem a presença de um advogado para discutir essa relação”, orienta o advogado.

O que diz a imobiliária?

Por telefone, a dona da imobiliária, Laís Cristina de Toledo, confirmou a equipe da EPTV que houve atrasos no repasse dos aluguéis, mas negou qualquer prática de golpe.

Ela alegou que a empresa faliu e que já contratou um advogado para tratar das questões judiciais com os clientes prejudicados.

*Com informações da EPTV/G1

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