O australiano James Harrison, conhecido mundialmente como o “Homem do Braço de Ouro”, faleceu aos 88 anos, enquanto dormia em uma casa de repouso na Austrália, no dia 17 de fevereiro. Sua morte foi confirmada pela Cruz Vermelha do país.
Harrison foi o mais prolífico doador de sangue do mundo, sendo responsável por salvar a vida de 2,4 milhões de bebês ao longo de sua trajetória. Ele realizou mais de 1 mil doações de plasma, tornando-se um nome fundamental na medicina.
O sangue raro que salvou milhões
O sangue de James Harrison continha o Anti-D, um anticorpo raro utilizado na produção de medicamentos essenciais para mulheres grávidas cujo sangue poderia atacar os bebês ainda não nascidos. Esse anticorpo foi crucial para a prevenção da doença hemolítica do recém-nascido (DHRN), condição que pode ser fatal para os bebês.
Sua dedicação em ajudar ao próximo marcou inúmeras vidas. Tracey Mellowship, filha de Harrison, destacou o orgulho do pai pelo impacto de suas doações:
“Ele estava muito orgulhoso de ter salvado tantas vidas, sem nenhum custo ou dor. Ele ficava feliz em ouvir sobre as muitas famílias como a nossa, que existiam por causa de sua gentileza.”
Além de sua generosidade, Tracey também ressaltou o bom humor do pai:
“James era um humanitário de coração, e também muito engraçado.”
Homenagens ao “Homem do Braço de Ouro”
O legado de James Harrison foi reconhecido pelo CEO da Cruz Vermelha australiana, Stephen Cornelissen AM, que prestou uma homenagem emocionante:
“James era uma pessoa notável, estoicamente gentil e generosa, que se dedicou a uma vida inteira de doações e conquistou os corações de muitas pessoas ao redor do mundo.”
Sua história inspirou não apenas a comunidade médica, mas também milhões de pessoas ao redor do mundo, provando que um simples ato de doação pode transformar vidas.
