Os bombeiros de Los Angeles enfrentam uma corrida contra o tempo para controlar um dos incêndios mais devastadores da história da cidade, que já consumiu mais de 9 mil hectares e deixou um rastro de destruição. Com ventos fortes previstos para os próximos dias, a situação pode se agravar, dificultando os esforços de contenção. Até o momento, o fogo já causou 16 mortes e deixou 13 pessoas desaparecidas, números que podem aumentar, segundo autoridades locais.
O incêndio, que começou na terça-feira (7), ganhou força nos últimos dias, ameaçando bairros residenciais de luxo, como Brentwood e Encino, onde vivem personalidades como o jogador de basquete LeBron James e a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris. Moradores dessas áreas receberam ordens de evacuação obrigatória, enquanto estudantes da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) também foram retirados do campus.
A extensão do fogo já supera 145 km², área equivalente à cidade de Miami, e apenas 11% das chamas foram contidas. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA declarou estado de emergência de saúde pública na Califórnia, devido aos impactos causados pela fumaça tóxica, que contém vestígios de metais, plásticos e outros materiais sintéticos. Milhões de pessoas estão expostas à pior qualidade do ar registrada na região.
A ajuda emergencial tem chegado de várias partes: sete estados vizinhos, o governo federal, o Canadá e o México enviaram equipes de bombeiros e recursos para combater as chamas. Equipes aéreas lançam água e retardantes de fogo, enquanto os bombeiros em terra trabalham incansavelmente para conter o avanço das chamas.
O presidente Joe Biden garantiu apoio total aos esforços de resgate, incluindo o reembolso de 100% dos custos de resposta ao desastre pela Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA). A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, destacou a importância desses recursos e incentivou os moradores afetados a buscar assistência no site disasterassistance.gov.
Enquanto isso, imagens de satélite revelam a dimensão da destruição, com áreas inteiras da metrópole reduzidas a cinzas. A causa do incêndio ainda é desconhecida, mas uma combinação de fatores meteorológicos, como ventos fortes e clima seco, tem amplificado a propagação das chamas.
O cenário em Los Angeles é descrito como “apocalíptico”, com casas, carros e estruturas completamente destruídos. A comunidade local e as autoridades seguem em alerta máximo, enquanto os bombeiros continuam sua luta para salvar vidas e proteger o que resta da cidade.









