Um ex-funcionário de uma empresa de telecomunicações foi detido pela Polícia Civil de Campinas, acusado de operar um esquema clandestino de distribuição de internet em Paulínia e Sumaré. O suspeito utilizava equipamentos profissionais para desviar o sinal de conexão de clientes legítimos e revendê-lo ilegalmente, segundo investigações.
De acordo com as autoridades, o homem sabotava propositalmente a rede de usuários da região, deixando-os sem acesso à internet, para então oferecer um “serviço alternativo” — na verdade, o mesmo sinal furtado, comercializado por valores abaixo do mercado. A prática ilegal teria levado pelo menos 150 consumidores a contratarem o provedor clandestino, muitos sem saberem da origem fraudulenta.
Durante a operação, os policiais encontraram uma central de distribuição montada na residência do acusado, com dezenas de aparelhos de alta complexidade, incluindo dispositivos originalmente pertencentes à empresa onde ele trabalhou. A estrutura permitia a redistribuição do sinal roubado em larga escala, além de mascarar a origem dos dados.
Outro detalhe relevante é que o negócio ilegal estava registrado em nome da esposa do investigado, que agora também responderá judicialmente por crimes como receptação e violação de propriedade intelectual. O suspeito, que já possui antecedentes por furto de infraestrutura de telecomunicações, foi liberado após pagamento de fiança, mas seguirá com processo criminal em aberto.
A ação expõe vulnerabilidades na fiscalização de redes clandestinas e reforça alertas sobre ofertas suspeitas de internet a preços muito abaixo da média. A polícia investiga se há outros envolvidos no esquema.