Conselho Tutelar proíbe ‘pastor mirim’ de 15 anos de pregar e usar redes sociais

O Conselho Tutelar do município de Carapicuíba, na Grande São Paulo, tomou uma decisão drástica em relação ao estudante Miguel Oliveira, de 15 anos, popularmente conhecido como “pastor mirim”. O órgão determinou a suspensão imediata e por tempo indeterminado das pregações realizadas pelo adolescente em igrejas. A medida visa, primordialmente, proteger a integridade do jovem, que vinha recebendo uma série de ameaças, especialmente após declarações consideradas polêmicas durante cultos evangélicos.

A decisão veio a público nesta segunda-feira, 28, por meio de uma publicação na página Assembleianos de Valor, no Instagram. Segundo a postagem, a proibição foi definida após uma reunião que contou com a presença de representantes do Conselho Tutelar, do Ministério Público, dos pais de Miguel, Érica e Marcelo, e do pastor Marcinho Silva, líder da Assembleia de Deus Avivamento Profético, igreja onde o adolescente costumava realizar suas pregações.

Além da proibição de participar de eventos religiosos, o Conselho Tutelar também determinou o afastamento completo de Miguel das redes sociais. Com isso, o jovem, que possui cerca de 1 milhão de seguidores em seu perfil no Instagram, está impedido de acessá-lo ou realizar qualquer tipo de manifestação religiosa ou pregação online. As autoridades e os responsáveis legais pelo menor entendem que esta medida é crucial para preservar a saúde emocional do adolescente, abalada pelas recentes controvérsias.

Outra determinação importante foi a obrigatoriedade de Miguel abandonar o ensino a distância e retornar às aulas presenciais em sua escola regular. A decisão visa reintegrar o estudante à rotina escolar tradicional e ao convívio social com colegas de sua idade.

Nos últimos meses, Miguel esteve no centro de debates acalorados nas redes sociais. Um vídeo que viralizou recentemente mostra o adolescente rasgando exames médicos de uma mulher durante um culto, enquanto declarava: “Eu rasgo o câncer, eu filtro o seu sangue e eu curo a leucemia”.

Diante das críticas e das ameaças direcionadas ao jovem, o Conselho Tutelar avaliou que havia um risco iminente à sua saúde emocional e psicológica, optando por uma intervenção preventiva. Não há, no momento, qualquer previsão para a retomada das atividades religiosas de Miguel ou para a sua volta às redes sociais.

Crédito da foto: Reprodução/Instagram

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