Ex-prefeito é acusado de tentar burlar a Justiça e promover instabilidade política na cidade.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) entrou com uma ação, nesta quarta-feira (21/8), solicitando a impugnação da candidatura de Edson Moura à prefeitura de Paulínia. A promotora de Justiça Eleitoral, Paula Alessandra de Oliveira Jodas, argumenta que Moura está inelegível até 2028 devido a condenações por improbidade administrativa.
Segundo a promotora, Edson Moura possui diversas condenações definitivas relacionadas a atos de improbidade administrativa que resultaram em prejuízo milionário aos cofres públicos, além de enriquecimento ilícito. Jodas afirma que o ex-prefeito tem ciência de sua inelegibilidade, mas insiste em concorrer ao pleito, o que, em sua visão, gera instabilidade política e administrativa em Paulínia, prejudicando a população.

A ação do MPE levanta ainda a possibilidade de Edson Moura estar utilizando sua candidatura para, posteriormente, beneficiar sua esposa, Daiane Cristina da Silva, conhecida como Nani Moura. A promotora aponta para um possível plano de fraude eleitoral, no qual Nani Moura, candidata a vice-prefeita, assumiria a prefeitura caso a candidatura de Edson seja impugnada após o início da campanha. Jodas destaca que essa estratégia já foi utilizada pelo casal em eleições anteriores, configurando um modus operandi fraudulento.
O prazo final para julgamento de todos os pedidos de registro de candidatura, incluindo os impugnados e seus recursos, é 16 de setembro. A decisão da Justiça Eleitoral sobre o caso de Edson Moura será divulgada até esta data.
