Em meio à grave situação das queimadas que assolam o estado de São Paulo, o governo estadual adotou medidas emergenciais para enfrentar os incêndios que têm causado devastação em diversas regiões. Até o momento, 48 municípios estão sob alerta máximo, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil. Embora nesta segunda-feira (26/08) não haja focos de incêndio ativos, as autoridades seguem monitorando a situação com rigor.
O governador Tarcísio de Freitas anunciou a criação de um gabinete de crise e decretou situação de emergência por 180 dias em 45 cidades afetadas pelos incêndios. As chamas, que já resultaram na morte de duas pessoas e deixaram 66 feridas, mobilizaram uma força-tarefa que inclui órgãos estaduais e federais, além de empresas da região.
Para combater as queimadas, as Forças Armadas enviaram sete aeronaves, incluindo um KC-390, que se juntam a outras dez aeronaves da Polícia Militar. Além disso, o Corpo de Bombeiros empregou 614 viaturas e 1.936 caminhões-pipa na operação, somando mais de 3 mil veículos envolvidos. “Não estamos medindo esforços. Há um grande trabalho coletivo em andamento para que a gente possa conter o avanço das chamas, garantir a segurança, atender as pessoas e retomar a normalidade em nosso estado. Seguimos atuando ininterruptamente”, declarou o governador.
Paralelamente, a Polícia Civil intensificou as investigações sobre possíveis incêndios criminosos nas áreas atingidas. Até agora, foram efetuadas duas prisões, uma em Batatais e outra em São José do Rio Preto, reforçando o compromisso do governo em identificar e punir os responsáveis por tais atos.
A lista de cidades em alerta máximo inclui: Monte Alegre do Sul, Alumínio, Santo Antônio do Aracanguá, Piracicaba, Pontal, Monte Azul Paulista, Sertãozinho, Torrinha, Santo Antônio da Alegria, Nova Granada, Iacanga, Taquarituba, Coronel Macedo, Ubarana, Pompeia, Boa Esperança do Sul, Pitangueiras, Salmourão, Lucélia, Poloni, Dourado, Sabino, Jaú, Pirapora do Bom Jesus, Itápolis, Itirapina, Bernardino de Campos, São Simão, Presidente Epitácio, Bebedouro, Bananal, São Luís do Paraitinga, Ibitinga, Tabatinga, Brodowski, Luís Antônio, Pedregulho, Tambaú, Urupês, Turiúba, Arealva, Pradópolis, Altinópolis, Paulo de Faria, Águas da Prata, Morro Agudo, Batatais e Barrinha. Essas áreas estão sob vigilância constante para evitar novos focos de incêndio e minimizar os danos causados pelas queimadas.
Apoio aos Animais Silvestres
Além das ações de combate ao fogo, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística implementou uma operação especial para o atendimento de animais silvestres afetados. O Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), localizado no Zoológico de Ribeirão Preto, está funcionando em tempo integral para tratar animais que sofreram queimaduras, problemas respiratórios ou que ficaram desorientados devido à destruição de seus habitats naturais.
Recomendações à População
Diante da fumaça intensa, o Ministério da Saúde divulgou uma série de recomendações para proteger a população:
- Aumentar a ingestão de água e líquidos para manter as vias respiratórias úmidas.
- Permanecer dentro de casa em ambientes ventilados, utilizando ar condicionado ou purificadores de ar.
- Manter portas e janelas fechadas durante os horários de maior concentração de poluentes.
- Evitar atividades físicas ao ar livre, especialmente entre 12 e 16 horas, período de maior concentração de ozônio.
- Utilizar máscaras, preferencialmente do tipo N95, PFF2 ou P100, para reduzir a inalação de partículas finas.
- Crianças, idosos e gestantes devem redobrar os cuidados e procurar atendimento médico em caso de sintomas respiratórios.
Essas orientações são essenciais para minimizar os impactos à saúde, especialmente para aqueles que vivem próximos aos focos de incêndio.
A situação continua crítica e requer a colaboração de todos para evitar tragédias maiores. O governo de São Paulo reafirma seu compromisso em continuar trabalhando sem interrupção para conter os incêndios e proteger a população e o meio ambiente.