Polícia apreende depósito com toneladas de alimentos vencidos em Campinas

A Polícia Civil de Campinas apreendeu toneladas de alimentos fora do prazo de validade em um depósito no Jardim do Trevo. A operação ocorreu na tarde desta quarta-feira (20) e revelou um esquema de adulteração de etiquetas de validade para revenda dos produtos a comércios menores.

O local, um imóvel de dois andares na Rua Ribeirão Branco, estava repleto de mercadorias irregulares armazenadas em caixas e embalagens. O responsável pelo depósito foi preso em flagrante e deve responder por crime contra a saúde pública. Outros quatro funcionários foram levados à delegacia como testemunhas.

Investigação e método de adulteração

Segundo a Polícia Civil, a ação foi desencadeada após a prisão em flagrante, na terça-feira (19), de um homem que vendia alimentos vencidos em um mini mercado da cidade. A partir daí, os investigadores chegaram até o depósito.

O delegado Elton Costa explicou que o responsável usava algodão com solvente para apagar as informações originais de validade e, em seguida, imprimia novas etiquetas falsas.
Algum tipo de salgadinho ele abria, como nós vimos lá embaixo, colocava em outro pacote, um plástico dele, dentro do padrão dele. E depois ele fazia o quê? Ele vendia como se fosse a granel. Vemos que todos eles estão vencidos. Todo produto que é encontrado aqui, ele já está vencido”, relatou.

Produtos e condições irregulares

No depósito foram encontrados chocolates, doces, panetones, balas, salgadinhos, embutidos e bebidas. As condições de armazenamento eram precárias e sem qualquer cuidado com a conservação dos alimentos.
Não tem nenhum daqueles requisitos que devia haver pra manutenção de alimentos aqui dentro. O descaso é total com o condicionamento dos alimentos”, completou o delegado.

Próximos passos

A polícia agora investiga como o suspeito obtinha as mercadorias e quais comerciantes recebiam os produtos adulterados. A principal hipótese é de que os alimentos eram adquiridos de lotes destinados ao descarte e revendidos a pequenos comércios, expondo consumidores a sérios riscos de saúde.

Informações/Fotos: G1 | EPTV

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